Podemos suplementar carboidratos para pacientes oncológicos?

Os benefícios da atividade física vão além de apenas queimar calorias e podem ajudar a preservar os músculos à medida em que se perde peso, seja de forma voluntária ou não, como acontece na doença oncológica. Sabe-se ainda que a atividade física pode reduzir o risco de desenvolver várias doenças crônicas, podendo então fazer parte de um programa de prevenção do câncer, por exemplo.

Todos devem ter uma dieta saudável e variada com base nos princípios do Guia Alimentar para a População Brasileira, e deve-se ter ainda mais atenção quando se pratica atividade física.

No paciente oncológico, os cuidados devem ser ainda maiores. Pois a prática de atividade física é sempre muito indicada, mas devemos levar em consideração que muitas vezes o paciente já está apresentando uma perda de peso involuntária. O que significa dizer que muitas das vezes precisaremos suplementar para garantir o aporte nutricional adequado.

Se alimentar de forma correta para atividades físicas e esportes pode trazer muitos benefícios, permitindo que se tenha um bom desempenho no esporte ou atividade escolhida reduzindo o risco de lesões, garantindo ainda a melhor recuperação após o exercício. Independente de ter doença oncológica associada ou não.

Quando fisicamente ativo, o corpo gasta mais energia (calorias). Então no caso do paciente oncológico que no geral não deseja perder peso, pode ser mais que necessário uma atenção especial para repor a energia extra utilizada.

É um equívoco comum pensar que a alta ingestão de proteínas por si só aumenta a massa muscular e focar demais em comer muita proteína pode significar não ingerir carboidratos suficientes, que são uma fonte de energia mais eficiente para o exercício. Por essa razão é sempre importante uma avaliação com o nutricionista.

Coletivamente, há evidências consistentes e convincentes de que a atividade física desempenha um papel na prevenção de muitos tipos de câncer e na melhoria da longevidade entre os sobreviventes do câncer. Juntos, esses achados ressaltam a importância da atividade física na prevenção e controle do câncer. Profissionais de “fitness” e saúde pública e profissionais de saúde em todo o mundo são incentivados a espalhar a mensagem para a população em geral e sobreviventes de câncer para serem fisicamente ativos conforme sua idade, habilidades e status de câncer permitirem.

Existem muitas abordagens naturais que podem melhorar o estado nutricional em pacientes oncológicos, especialmente se ativos. O aumento do consumo de alimentos naturais é uma forma mais fisiológica, atraente e disponível de terapia nutricional dos pacientes do que a nutrição médica. No entanto, em situações clínicas específicas, os suplementos nutricionais orais (SNO) podem constituir um bom suporte do manejo nutricional em pacientes com câncer, especialmente quando praticam atividades que demandam energia extra.

A seleção adequada de SNO e seu uso adequado podem reduzir o risco e a progressão da desnutrição e afetar significativamente o tratamento do paciente oncológico, bem como diminuir a taxa de complicações pós-operatórias.

Tem sido crescente a divulgação popular de diferentes abordagens dietéticas para o tratamento/melhora de sobrevida de pacientes oncológicos. Dentre estas está a eliminação da sacarose da alimentação destes indivíduos. Esta abordagem surgiu a partir de estudos que investigam o efeito da dieta cetogênica no tratamento e prognóstico de pacientes oncológicos.

Entretanto, o posicionamento da BRASPEN, por meio da diretriz Terapia Nutricional em Pacientes com Câncer (2019), é que não há recomendação para utilização de dietas alternativas no tratamento de pacientes oncológicos. Ainda, comentam que as restrições alimentares podem causar desnutrição, em especial nos pacientes idosos ou que praticam atividades físicas obtendo assim maior gasto energético.

Portanto, não há evidências científicas suficientes para recomendar a restrição de sacarose ou carboidratos em pacientes oncológicos. Recomenda-se utilizar as mesmas orientações quanto ao consumo deste nutriente definidas para a população em geral, exceto para pacientes desnutridos com resistência insulínica severa.

Os produtos da Mombora® são feitos diretamente da fruta, ou seja, não possuem adição de aromas, corantes e conservantes. O que faz com que seus produtos sejam considerados “clean label”, ou de “rótulo limpo”, sendo uma excelente opção de suplemento.

Como são utilizadas frutas em sua fabricação, cada sabor possui uma quantidade de carboidratos diferente, variando entre 17 – 21 gramas de carboidratos. Além do mais, os suplementos Mombora ® promovem a biodiversidade, incentivam a regeneração das florestas, cuidam do meio ambiente e apoim as melhores práticas em toda a cadeia.

É sabido ainda que para maior adesão aos suplementos orais é muito importante que esses sejam palatáveis. E os produtos Mombora® são imbatíveis nesse quesito! Trazendo o que há de melhor da nossa natureza.

Nutricionista Iris Lengruber

REFERÊNCIAS:

ARTHUR, Priscila Silva. Desenvolvimento de Suplementos Artesanais, Análise e Comparação com Suplementos Industriais para Pacientes em Estado de Caquexia do Câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 69, n. 2, 2023.

HORIE, Lilian Mika et al. Diretriz BRASPEN de terapia nutricional no paciente com câncer. 2019.

MCTIERNAN, A. N. N. E. et al. Physical activity in cancer prevention and survival: a systematic review. Medicine and science in sports and exercise, v. 51, n. 6, p. 1252, 2019.

ROCK, Cheryl L. et al. American Cancer Society guideline for diet and physical activity for cancer prevention. CA: a cancer journal for clinicians, v. 70, n. 4, p. 245-271, 2020.

YALCIN, Suayib et al. Nutritional aspect of cancer care in medical oncology patients. Clinical therapeutics, v. 41, n. 11, p. 2382-2396, 2019.

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