História da castanha de caju

O nome do caju emana da cultura indígena. No caso, do Tupi-Guarani “Acayu”, que significa “noz que se produz”. Para eles, também tinha o seguinte significado: Definia o período entre uma safra e outra. Ou seja, a passagem do tempo era marcada pelas “épocas” do caju. Durante essas “épocas”, aconteciam as “guerras do caju”, lutas pelo domínio temporário dos cajuais, entre tribos indígenas que viviam no litoral e as que desciam do interior na época da frutificação do caju.

Presume-se que a dispersão das castanhas levadas pelos indígenas que iam e vinham do interior e litoral, propagou a espécie pelas regiões do árido e seco nordeste.

Os indígenas utilizavam fartamente o caju, faziam dele um de seus “mais completos e importantes alimentos” para sua alimentação e na produção de bebidas fermentadas, como o cauim e o mocaroró, que eram utilizadas, principalmente, nas celebrações.

Existem várias espécies de cajueiros no Brasil, sendo o mais comum  (Anacardium occidentale), planta rústica de porte médio, típica de clima tropical. Nativa da flora brasileira, de fundamental importância para a economia e o desenvolvimento social do nordeste, onde ocorre o seu cultivo e há maior potencial de expansão do fruto. Este potencial está relacionado principalmente com a produção, comercialização e uso da castanha.    

A castanha é o verdadeiro fruto do cajueiro, enquanto o pedúnculo, que se acredita ser a fruta, aquela parte comestível carnosa de cor amarela, rosada ou vermelhae sumo aromático, é apenas a haste, o tal pedúnculo inchado que sustenta o verdadeiro fruto da planta, que é a castanha. A castanha é o principal complexo econômico do caju.

A agroindústria de processamento e beneficiamento de caju utiliza, principalmente, a castanha que representa 90% da renda gerada pela fruta, sendo o pedúnculo aproveitado por indústrias de sucos, geleias, doces, vinho, aguardente, refrigerantes, entre outros produtos.

BENEFÍCIOS DA CASTANHA DE CAJU

Oleaginosas – São grãos e sementes ricos em óleo. O alto teor de “gordura boa”, as monoinsaturadas e as poli-insaturadas desses alimentos, confere energia e, como também são fontes de vitaminas e minerais, colaboram para o bom funcionamento do organismo. 

O fruto do cajueiro – Por ser uma oleaginosa, é rico nessas “boas gorduras” “monoinsaturadas e poli-insaturadas”, que ajudam a controlar os níveis de colesterol, reduzindo o LDL (colesterol ruim) e aumentando o HDL (colesterol bom). Além disso, essas “boas gorduras” ajudam a melhorar a saúde do coração e a circulação sanguínea e a reduzir a pressão arterial. 

A castanha do caju – Possui muitos sais minerais e vitaminas que estão ligadas a diversas funções do corpo, entre eles:

Sais minerais

Cobre: auxilia a manter a saúde dos ossos, vasos sanguíneos e sistema imunológico; Cálcio: ajuda manter a saúde dos ossos, dentes; Magnésio: ajuda na produção de energia e proteínas; Ferro: produção de hemoglobina e transporte de oxigênio;  Fósforo:  formação óssea, auxilia na produção de energia; Potássio: auxilia a regular a quantidade de líquidos no corpo; Zinco: divisão e crescimento celular, cicatrização de feridas e quebra de carboidratos.

Vitaminas

Vitamina C: Produção de pele, tendões, ligamentos e vasos sanguíneos. Além disso, é um antioxidante; Vitaminas do complexo B: Auxiliam na produção de energia, na função cardiovascular e no sistema nervoso; Vitamina E: é um antioxidante, mantém o sistema imunológico forte contra vírus e bactérias; Vitamina K: tem ação anti-hemorrágica. 

A castanha do caju pode conter antioxidantes em sua composição, que combatem os radicais livres, protegendo as células sadias do envelhecimento precoce. Ela ainda conta com um aminoácido chamado arginina, que melhora o desempenho durante a prática de atividades físicas e a capacidade no pós- treino.

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